quarta-feira, 26 de agosto de 2015

JOSÉ DANTAS DE MELO – A arte como vida


JOSÉ DANTAS DE MELO – A arte como vida

José Sousa Vieira
   
    Nunca procurou facilidades. Na vida, que diversas circunstâncias pareceram estreitar, esteve sempre com estonteante inconformismo.
    Forte e destemido, com abundantes desafios nas suas incursões desportivas e lúdicas, foi, à sua maneira rebelde, um homem de afectos e causas, abominando uma organização social que o melhor que sabia repartir era a desigualdade.
    As expressões artísticas que exteriorizou, nos seus trabalhos em madeira e na fotografia, não são mais do que fragmentos da sua própria existência, toda ela uma obra de arte.
    Dizer que José Manuel Dantas de Melo, nascido em Ponte de Lima, permaneceu entre nós de 1 de Julho de 1948 a 13 de Fevereiro de 1975 serve para permitir a sua localização existencial e perceber o contexto civilizacional em que se pôde movimentar. Referir que entre nós tem continuado é redundância gasta mas necessária e atestável pelas conversas de muitos, que por ele passam, e os testemunhos escritos que outros foram deixando depois de ele, em defesa da coerência e do amor, ter decidido desistir.
   Esta mostra, de cuidada organização, é uma oportunidade para relembrar ou conhecer um artista. Aproveitemos.


[José Dantas neste blogue


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